Por vezes, as moças dos tempos antigos engravidavam e durante todo o período da sua gravidez, pouca ou nenhuma assistência tinham. E quando chegavam à altura de darem à luz, eram as curiosas que as assistiam, sem os cuidados anticépticos que há hoje.
Faziam-no rezando ladainhas que só elas sabiam e queimavam ervas de cheiro, umas para tirar o mau-olhado, outras por causa das bruxarias a que, quer a parturiente, quer a criança estavam sujeitas.
Acontecia, que muitas vezes, por qualquer esforço a mais da grávida, ou pancada que inadvertidamente tivesse dado, nascia uma criança quebrada.
E na realidade, isso veio a acontecer. Nasceu um bebé, que segundo o povo, já vinha quebrado. Então o povo reunia-se, e com o bebé ao colo da mãe, iam à beira do rio Mondego, onde abundavam os carvalhiços.
Era uma extensa romaria, e como estas coisas tinham de ser feitas de noite, uns levavam tições e outros, lanternas para que se visse o caminho, até porque o acto tinha de ser feito ao bater as doze badaladas na torre da Igreja.
Então, era assim: abria-se o carvalhiço ao meio, e dois jovens de nome Maria e Manuel, ainda imberbes e puros, passavam o menino ou menina através dessa abertura três vezes, dizendo as seguintes palavras.
Manuel aqui te passo o menino quebrado
Que tu recebes e voltarás a passar
E quando o fizeres ele virá curado.
Maria, recebe o menino quebrado
Que vou passar para ti e quando
O fizer, ele irá curado.
Isto era repetido três vezes. Depois unia-se o carvalhiço com bosta de boi e atava-se com cordel ou ráfia.
Terminada esta função, esperava-se oito dias. Passado que era esse tempo, ia-se verificar, desatando o carvalhiço. Se estivesse colado, a criança estava curada.
Depois, mercê da sua credibilidade, mandava-se rezar uma novena, o que quer dizer, que durante nove dias tinha que se ir à Igreja, rezar e agradecer a Deus a dádiva feita ao bebé, e no último dia dessa novena, eram distribuídos pelos assistentes pãezinhos, que previamente se coziam para esse dia.
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