Decorria em Ázere, em pleno Inverno, uma terrível seca que prejudicava toda aquela gente, pois era do que a terra dava que se sustentavam.

Um dia, resolveram ir junto do Padre, e pedir que se organizasse uma procissão em louvor de S. Sebastião, que para aquela gente, era o advogado das chuvas. Preparou-se tudo e a Procissão saiu. Após ter percorrido pouco mais de meio quilómetro, começou a chover torrencialmente e a procissão teve que acabar ali e recolher à Igreja, com toda a gente a agradecer o Milagre.

Numa povoação vizinha, igualmente aflita com o mesmo fenómeno, e devota àquele Santo, também fizeram uma procissão. Só que, passados alguns dias, a chuva não veio e então arreliados, levaram o Santo a uma fonte que lá existia, de água límpida e transparente, e mergulharam o Santo. Imediatamente a água da sua limpidez, tornou-se da cor de sabão. Há quem diga que essa fonte existe, e que a água tem mesmo a cor de água de sabão.